Sócios invisíveis nas empresas.

É comum pensar que o poder de decisão e a responsabilidade estão restritos àqueles que têm seus nomes no contrato social e gerem o negócio. Mas a realidade é outra, os profissionais sem participação societária interagem e tomam decisões de impacto nos negócios como “sócios”. Na prática decidem, influenciam e operam o negócio como se o CNPJ fosse deles. Uns jogam comprometidos e outros minam resultados com a confiança de um “sócio” que ninguém quer enfrentar.

Sócios invisíveis

Eles estão por toda parte e mesmo sem posição de liderança afetam o clima, a velocidade, a direção, as prioridades e principalmente fazem as escolhas ganharem ou perderem o trânsito na organização. Claro que temos “sócios – construtores” capazes de identificar fontes de crescimento e catalizadores naturais de soluções – perfil raro no mercado. Agora temos sim os “sócios-desconstrutores” que colocam barreiras disfarçadas de rotinas, com taxas de execução em declínio, confortáveis em sua posição para ganhar o salário e vivos em seus interesses de relevância silenciosa – “está muito bom ficar nesta empresa”.

Por que acontece?

Vamos sair do clichê da cultura organizacional frágil. A permanência ou sobrevivência dos “sócios-desconstrutores” se dá por dominar o bastidor, criar dependência e dividir times. Criam um ambiente operacional onde o ruído é normalizado e minam os profissionais consistentes – líderes ou não.

Se os que decidem sobre a permanência deste perfil de “sócio” estão exaustos e desistem de corrigir rotas, temos manutenção de um ciclo de custos silenciosos que drenam recursos nem sempre claros nos relatórios financeiros.

Conclusão

Nem todos os sócios estão no contrato. Talvez os que mais influenciem o rumo do negócio jamais serão. A verdade é que, no fundo, você já sabe quem são esses “sócios” construtores e os que silenciosamente descontroem.
A pergunta chave é:  Até quando você vai continuar fingindo que “não sabe”?