AS RELAÇÕES DISFUNCIONAIS FAMILIARES NA EMPRESA FAMILIAR

Por experiência própria e consultor de empresas familiares.

Empresas familiares bem-sucedidas prosperam com base em relações saudáveis, com alto nível de compreensão mútua e de cooperação dentro do núcleo familiar de confiança.  É fato que a confiança que hoje une a empresa familiar vai diminuir com a expansão do núcleo, fruto da chegada das gerações subsequentes. Isso pode ser acelerado se o crescimento do negócio segue com valores e visão distanciadas do fundador.

Nos casos complexos vividos, em que as relações na empresa familiar se alteram de saudáveis para conflituosas, a raiz está em padrões ou históricos de relacionamento familiar ou, perfis individuais disfuncionais profundamente enraizados, mas nem sempre reconhecidos no círculo familiar.

Em empresas familiares que estão com alto nível de governança um perfil disfuncional não é aceito, mas, se sim, é por exigência familiar e pela suposição de que pode ser administrado pelo modelo de organização do negócio, o que se torna muito exaustivo na demanda por estratégias para sustentação de um ambiente de gestão pacífico.

Quando desconhecida a descoberta se dará no tempo, causando indignação e decepção. Isso vai chocar a família, desestabilizar o núcleo familiar e gerar rupturas afinal, as emoções familiares são muito contagiosas.

Seguem exemplos de fatos agudos de origem disfuncional:

  • Quebra do pacto de gestão coletiva familiar.
  • Manipulação para lucrar com a discórdia.
  • Desejo de controle ou busca por compensação por se sentirem desvalorizadas ou esquecidos.
  • Fraudes – onde interesses pessoais substituem prioridades familiares.
  • Não admiração – desrespeito direto e público.

Na maioria das situações em que atuamos para apoiar as famílias, a intensidade dos conflitos já está elevada – confiança foi quebrada, não sendo possível aplicar soluções mutuamente aceitáveis, restando apenas não continuidade da origem/fonte da disfunção na empresa familiar.

Surge aqui a fase mais complicada – a saída é necessária e não se quer a dolorosa ruptura das relações familiares, porém não se tem um Protocolo Familiar para tratar conflitos disfuncionais sensíveis.

Um Acordo Empresarial Familiar deve ser feito, com negociações facilitadas de forma independente na fase inicial do negócio – calmarias e entusiasmos – antes mesmo de qualquer tempestade se aproximar. Deve conter os potenciais riscos disfuncionais familiares bem mapeados. Esse acordo alinha expectativas, estabelece limites e bloqueios absolutos (medidas) já concordados pela família para serem aplicados quando em momentos disfuncionais turbulentos.

Com isso, se preservam valores, comportamentos, princípios, deveres e direitos para fortalecer as relações familiares semeando a confiança e conexões positivas, como força invejável por parte das empresas não familiares.

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